quarta-feira, 11 de abril de 2012

A Roupa e a emoção que ela carrega.


Você já parou para pensar qual a relação entre o que nos acontece, o que estamos sentindo, e o que escolhemos vestir? O nosso emocional pode interferir no nosso estilo pessoal?

Como seres humanos é natural que vez ou outra estejamos tristinhos, calmos, confusos, alegres, românticos, e que tragamos para nossa escolha diária de looks, mesmo que inconsciente, esses sentimentos.

Uma roupa pode denunciar um estado de espírito, como também tem poder de mudá-lo, e se nos conscientizarmos disso dá para escolher direito, com propósito, ao invés de sermos vítimas de nós mesmas.

Por exemplo, se estamos tristes podemos abusar das cores para alegrar nosso dia, o amarelo e o laranja trazem energia, o vermelho vibração, emoção, enquanto que o azul traz tranqüilidade. A escolha depende da intenção.

Se estivermos num momento off e desejarmos refletir, ficar até um pouco isolados, podemos apostar em tons neutros e peças sóbrias, que por si só já são desprovidas de emoção e emitem a mensagem de afastamento.

Tudo o que vestimos, de uma forma arquetípica, fala sobre como estamos nos sentindo. Rendinhas, pérolas, mangas fofinhas entregam um momento carente de romantismo, uma mulher madura vestindo só roupas com características jovens pode ser uma mulher nostálgica que gostaria de ter vivido aquilo no tempo certo, mas que por algum motivo foi impossibilitada. Uma pessoa que anda somente com roupas pretas está dizendo ao mundo que está fechada, ou que é contra algo que a maioria acredita.

Enfim, são diversas mensagens que nosso visual transmite, e por isso precisamos fazer literalmente uma terapia em frente ao espelho. Procurar sempre ter em mente nossa intenção e estar atentos aos nossos sentimentos, que podem ser exteriorizados no nosso discurso não-verbal.

Agora, quando formos sair de casa vale o exercício de pensar como estamos nos sentindo, e como podemos refletir ou não esse momento nas nossas vestimentas.

Vamos tentar?

Bjs,


Sabrina Silvian

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Status visível versus Status sutil


Cada uma de nós, de certo modo, é vulnerável à sedução dos símbolos de status da moda, independente do nosso nível de renda ou do valor que atribuímos a estar na moda.

Isto não é motivo para se ter vergonha. Os estilistas de haute couture, em sua maioria, merecem as aclamações que os cercam, são pessoas que alcançaram a excelência em seu trabalho, e por isso faz todo o sentido que pessoas paguem caro por suas criações.
               
Mas os nossos desejos ou necessidades em relação a esses artigos têm que estar na perspectiva correta, ou seja, devemos estar conscientes da nossa própria individualidade em termos de moda e combinar de maneira criativa os vários componentes que refletem nossa identidade pessoal.

Por mais que você admire uma determinada marca, você é a melhor estilista e administradora do seu próprio guarda-roupa, porque só você sabe quais os estilos expressam com mais autenticidade seu próprio eu.

A mulher que aprecia enfeitar-se com símbolos evidentes de status tende a ser levada pela aprovação. Gasta bastante dinheiro em roupas e acessórios de estilistas famosos, e para ela é mais importante usar um lenço esquisito em que o nome do costureiro fique em evidência do que levar em conta a beleza, o design da peça.

As etiquetas à vista oferecem uma sensação de segurança em termos de moda. Mulheres sentem-se confiantes ao vestir algo que afirma claramente ao mundo o “bom gosto”, contudo, também podem passar mensagens não intencionais. Senão vejamos:

                     Usando a etiqueta do meu costureiro preferido na manga conseguirei a aprovação que necessito;
    
                        Não sei fazer escolhas pessoais na moda, não confio nos meus próprios instintos, por isso sou levada a usar estilos de status óbvio;

                     Meço meu sucesso em termos de bens materiais”.

Já a mulher que sabe utilizar as ferramentas que a moda oferece em seu favor, pode até comprar uma roupa ou acessório “de marca”, mas se essa peça refletir algo autêntico a seu respeito. Esta mulher leva em conta além do bom gosto, o senso de adequação, ou seja, independente de quão bem cotato é um estilista, se suas criações não lhe caírem bem, não haverá espaço para essas peças em seu armário.

Portanto, para não virarmos escravas de grifes precisamos pensar com honestidade sobre nosso estilo, descobrir qual a forma de vestir (independente de marca), carrega uma imagem apropriada para nós. 

Leia revistas, descubra atitudes que os estilistas tentam captar em seus modelos; veja se você pode se relacionar com a filosofia ou com a moda deles. Veja vitrines para ter idéia da aparência e sensação do que esses estilos transmitem ao vivo. Examine seu guarda-roupa e veja se o novo modelo combina com o que você já tem, combina com seu estilo de vida.

As criações de estilistas impróprias para seu visual e estilo de vida em particular, fazem você parecer “fora de sintonia” consigo mesma.

Faça a si mesma a pergunta: O mais importante é você ou você sendo levada pela mania do símbolo de status?

Bjs,

Sabrina Silvian