quarta-feira, 4 de abril de 2012

Status visível versus Status sutil


Cada uma de nós, de certo modo, é vulnerável à sedução dos símbolos de status da moda, independente do nosso nível de renda ou do valor que atribuímos a estar na moda.

Isto não é motivo para se ter vergonha. Os estilistas de haute couture, em sua maioria, merecem as aclamações que os cercam, são pessoas que alcançaram a excelência em seu trabalho, e por isso faz todo o sentido que pessoas paguem caro por suas criações.
               
Mas os nossos desejos ou necessidades em relação a esses artigos têm que estar na perspectiva correta, ou seja, devemos estar conscientes da nossa própria individualidade em termos de moda e combinar de maneira criativa os vários componentes que refletem nossa identidade pessoal.

Por mais que você admire uma determinada marca, você é a melhor estilista e administradora do seu próprio guarda-roupa, porque só você sabe quais os estilos expressam com mais autenticidade seu próprio eu.

A mulher que aprecia enfeitar-se com símbolos evidentes de status tende a ser levada pela aprovação. Gasta bastante dinheiro em roupas e acessórios de estilistas famosos, e para ela é mais importante usar um lenço esquisito em que o nome do costureiro fique em evidência do que levar em conta a beleza, o design da peça.

As etiquetas à vista oferecem uma sensação de segurança em termos de moda. Mulheres sentem-se confiantes ao vestir algo que afirma claramente ao mundo o “bom gosto”, contudo, também podem passar mensagens não intencionais. Senão vejamos:

                     Usando a etiqueta do meu costureiro preferido na manga conseguirei a aprovação que necessito;
    
                        Não sei fazer escolhas pessoais na moda, não confio nos meus próprios instintos, por isso sou levada a usar estilos de status óbvio;

                     Meço meu sucesso em termos de bens materiais”.

Já a mulher que sabe utilizar as ferramentas que a moda oferece em seu favor, pode até comprar uma roupa ou acessório “de marca”, mas se essa peça refletir algo autêntico a seu respeito. Esta mulher leva em conta além do bom gosto, o senso de adequação, ou seja, independente de quão bem cotato é um estilista, se suas criações não lhe caírem bem, não haverá espaço para essas peças em seu armário.

Portanto, para não virarmos escravas de grifes precisamos pensar com honestidade sobre nosso estilo, descobrir qual a forma de vestir (independente de marca), carrega uma imagem apropriada para nós. 

Leia revistas, descubra atitudes que os estilistas tentam captar em seus modelos; veja se você pode se relacionar com a filosofia ou com a moda deles. Veja vitrines para ter idéia da aparência e sensação do que esses estilos transmitem ao vivo. Examine seu guarda-roupa e veja se o novo modelo combina com o que você já tem, combina com seu estilo de vida.

As criações de estilistas impróprias para seu visual e estilo de vida em particular, fazem você parecer “fora de sintonia” consigo mesma.

Faça a si mesma a pergunta: O mais importante é você ou você sendo levada pela mania do símbolo de status?

Bjs,

Sabrina Silvian


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